Como ficam os radares e outras coisas no litoral do Paraná?

Foto: Reprodução

O projeto Monitora Litoral foi desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná com o objetivo de criar uma estrutura de monitoramento mais resiliente às questões climáticas que afetam a região costeira. Coordenado pelo Simepar em parceria com o Instituto Água e Terra (IAT), o projeto visa instalar um novo conjunto de dispositivos que coletarão informações abrangentes sobre as condições marítimas e atmosféricas, incluindo variações nas correntes, marés e ondas. Essa iniciativa é crucial para a resposta a eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais que podem causar alagamentos, bem como para a avaliação da qualidade da água de rios e do mar.

 Quais equipamentos serão instalados como parte deste novo sistema de monitoramento?

O novo sistema de monitoramento do Litoral do Paraná contará com a instalação de diversos equipamentos. Serão implementados um radar meteorológico, sete estações meteorológicas, sete estações hidrológicas, quatro marégrafos, dois sensores ADCP (que medem a velocidade das correntes na água), dois ondógrafos e uma boia oceanográfica. O investimento total para a implementação deste projeto é de R$ 70 milhões. Esses dispositivos permitirão uma coleta de dados mais precisa e abrangente, fundamental para a gestão e proteção da região costeira.

Como será financiado o projeto Monitora Litoral?

O financiamento do projeto Monitora Litoral é oriundo de recursos liberados pela Justiça Federal, resultantes da compensação pelo acidente ambiental da Petrobras ocorrido em 2000 em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Assim como o projeto Monitora Paraná, que visa ampliar a estrutura de monitoramento climático em várias áreas do interior do estado, o Monitora Litoral também se beneficiará desses recursos, permitindo a implementação de um sistema de monitoramento moderno e eficiente.

Qual é o cronograma para a implementação do sistema?

A implementação do novo sistema de monitoramento começará nos próximos meses e está prevista para ser concluída em um período de três a quatro anos. Essa cronologia permitirá que os órgãos responsáveis, IAT e Simepar, vinculados à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), realizem os trabalhos necessários para garantir que o sistema funcione de maneira eficaz e atenda às necessidades da região costeira.

Quais são os benefícios esperados com a instalação dos novos equipamentos?

Os novos equipamentos proporcionarão uma ampliação significativa na geração de dados, o que é essencial para a tomada de decisões em diversas áreas, como agricultura, abastecimento público e prevenção de desastres naturais. Segundo o secretário estadual do Desenvolvimento Sustentável, Everton Souza, esses dados são fundamentais para enfrentar os desafios impostos por eventos climáticos extremos, que são uma característica marcante da região do Paraná. Além disso, Paulo de Tarso, diretor-presidente do Simepar, destaca que a cobertura meteorológica aprimorada da costa marítima é crucial para garantir a segurança da população, especialmente durante a alta temporada, quando o Litoral recebe um número elevado de visitantes.

Como o monitoramento contribuirá para a preservação dos ecossistemas marinhos e costeiros?

O pesquisador do Simepar, José Eduardo Gonçalves, ressalta que o monitoramento será vital para preservar os ecossistemas marinhos e costeiros, como manguezais e estuários. A instalação de equipamentos que avaliam diferentes parâmetros ambientais permitirá um entendimento mais completo das características da região. Isso não apenas garantirá a proteção do meio ambiente, mas também favorecerá o desenvolvimento de atividades econômicas importantes, como turismo, pesca, navegação e operações portuárias. A integração de dados coletados por esta nova estrutura será fundamental para promover um desenvolvimento sustentável na região do Litoral do Paraná.

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